Quando se cria ou se pretende criar uma história cujos protagonistas são na verdade lobos, temos que investigar sempre.
Ou seja, sempre que eu trabalho com algo que me é desconhecido, é fundamental, e volto a repetir – fundamental – terem sempre o essencial.
Primeiro, o que procurei fazer, como aliás podem ver na imagem em cima, foi procurar imagens. Imagens diferentes. E o que quero eu dizer com “imagens diferentes”? Bem, quando queremos fazer descrições, o criador brinca sempre com a imaginação, criando cenários que se encaixam nas personagens. Dito isto, é fundamental termos diferentes modelos de lobos e em posições distintas, e a fazer coisas diferentes.
Das outras coisas que é necessário saber é as suas características, aquilo que nos pode ajudar a realçar os seus pormenores e que dá beleza num livro. Digo beleza, porque de uma maneira bastante natural, o escritor está a dar aos leitores novos conceitos de, neste caso, uma espécie que ele poderá eventualmente não conhecer.
O que podem aprender aqui de muito rápido sobre os lobos e que eu aprendi (não revelo tudo):
1º – São capazes de percorrer grandes distâncias;
2º – As garras das patas dianteiras são maiores que as das trazeiras;
3º – Têm glândulas que deixam rasto de marcadores químicos por onde o lobo passa, sendo que mantém como tal os outros lobos informados do seu paradeiro.
O terceiro ponto foi o que mais adorei, especialmente porque estará na obra, reforçando mais uma vez a minha criação de lobisomens mais próximos ao possível (sem a ideologia de que eles falam por pensamento e é o que os permite saber onde estão).
Ler livros cujo o cenário seja idêntico é sempre algo bastante bom e que estou a fazer. Isto ajuda muito na medida em que posso criar algo sabendo que é diferente do que outros escritores que estão publicados fizeram.