Boa noite a todos 🙂 .
Pois bem, não tardou o sucesso do texto #1, do texto #2 , e do texto #3 – Escolhas – (eu bem vos tinha avisado 😀 ), e já vos trago mais um texto! Pois é… é mesmo isso. Serão dois por semana 😀 .
Para os que não sabem do que falo, iniciei na passada terça-feira uma rúbrica em que publicarei aqui no blog textos que o Ricardo Sousa publicou originalmente no seu blog, Vivências Anormais, não só pela amizade que temos, mas pelo grande amor que nutrimos à escrita e de como queremos evoluir nesse mundo. Claro que as publicações mais recentes irão apenas estar aqui lá mais para a frente, mas tenho a certeza absoluta de que, depois deste, irão a correr ler todos os outros de uma ponta à outra. 😀
Para relerem então os primeiros textos, basta carregarem AQUI (ou nos links mais acima – este vai levar-vos às publicações originais no blog do Ricardo).
Sem mais demoras, deixo-vos assim com o “novo” texto dele (aqui no blog, claro).
E se nos pedissem para falar… para explicar…Conseguias?
(publicado originalmente em Vivências Anormais a 1 de abril de 2015)
Bem aqui vai um novo post! Sabem aquela sensação de que temos o coração cheio e queremos simplesmente transbordar tudo o que sentimos? Se sabem então prestam atenção, o post fala por si!
Já não choro por ninguém, o que dizem não me toca. Se me der vontade, atiro-me, sigo meu instinto, faço o que me parecer correto. Arrependimento não faz alguém voltar no tempo, nem para casa, e dos meus erros, hoje, só tento entender o lado bom. Tentei, errei, menti para tentar consertar, e piorei tudo tentando acertar. Segui em frente, fiz as pazes com o passado e as minhas falhas já não me atormentam mais. Dos que me julgam apenas resta um breve sentimento de pena, e a ironia da falsa perfeição de quem julga os erros que erra. Humanos imperfeitos. Mas a paz deve ser isso, construir um refugio a tanto caos… Aprender a sobreviver nas catástrofes do dia-a-dia.
Já chorei e me importei, fiz o que era correto aos olhos de pessoas incorretas. Não seria errado dizer que a felicidade é uma questão de escolha – eu posso ficar mal, é inevitável não sentir-se bem o tempo todo, mas eu posso escolher o meu caminho. As dores passam, realmente, elas passam, mas às vezes continuamos mal pelo fato de não seguir as linhas de um futuro que nos foi escrito. E quantas linhas pulamos… Lembranças que ficaram de quem não ficou, tempo perdido… E que tempo perdido. O nosso equilíbrio é o que temos, o que somos, e o que queremos, afinal de contas estamos sempre pendurados a uma corda bamba segurando um pouco de tudo. Se deixarmos que algo caia, consequentemente também caímos! Ninguém é de ferro, e até o ferro entorta com as colisões.
Somos o que queremos, quando queremos, se o nosso querer for além de um simples querer. Somos parte de um universo paralelo, onde a maior regra é ir além. Ir além, conhecer o que existe do outro lado, do próprio lado, do lado de dentro. Se hoje tudo lhe parece estranho, faça o estranho parecer correto. Existe um infinito nas diferenças, pessoas que nascem para serem iguais e acabam por morrer como a maioria. Se hoje eu não choro por ninguém, não foi porque eu aceitei a monotonia da vivência, mas sim, porque encontrei o verdadeiro motivo de uma existência: ser o que não pode ser tocado com facilidade… E porquê? Porque as pessoas só nos magoam quando permitimos que elas cheguem perto o suficiente para isso.

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