Boa noite a todos 🙂 , o natal foi bom? Espero que sim, e cá venho eu trazer-vos uma prendinha… E o que é? Mais um texto do Ricardo, e devo confessar, que dos meus favoritos e que se torna difícil de esquecer por uma frase em particular… Mas vá, vamos à devida introdução para os novos leitores para depois se deliciarem com as suas palavras:
Pois bem, não tardou o sucesso dos textos anteriores, (eu bem vos tinha avisado 😀 ), e já vos trago mais um texto! Pois é… é mesmo isso. Serão dois por semana 😀 .
Para os que não sabem do que falo, iniciei na passada terça-feira uma rúbrica em que publicarei aqui no blog textos que o Ricardo Sousa publicou originalmente no seu blog, Vivências Anormais, não só pela amizade que temos, mas pelo grande amor que nutrimos à escrita e de como queremos evoluir nesse mundo. Claro que as publicações mais recentes irão apenas estar aqui lá mais para a frente, mas tenho a certeza absoluta de que, depois deste, irão a correr ler todos os outros de uma ponta à outra. 😀
Para relerem então os primeiros textos, basta carregarem AQUI (ou nos links mais acima – este vai levar-vos às publicações originais no blog do Ricardo).
Sem mais demoras, deixo-vos assim com o “novo” texto:
O tamanho do meu coração
Lembro-me que estávamos no meio de uma aula de Português e que do nada um amigo virou-se para mim e disse “Sabias que o tamanho do nosso coração é mais ou menos o tamanho da nossa mão quando fechada?”. Não me lembro do que o professor disse porque sei que estava no meu mundo e que estava a fechar o punho para ver o tamanho do meu coração. Com certeza aquilo que eu estava a sentir era maior do que a minha mão tão frágil… Não! Não aceitava que algo tão poderoso pudesse ser deste tamanho. Eu sabia que aquilo que estava a sentir era maior do que algo que tivesse sentido antes…
Fechei os olhos… E com uma força tremenda ataquei a mesa com a minha mão. A pele sobre a mão começou a abrir.. Sangue a jorrar por tudo o que era sítio.. Uma dor horrível a trepar-me o braço inteiro.
Metade da turma ficou em choque. Mas mais chocado ficou o professor e o director quando perguntado sobre o porque de ter feito o que fiz apenas soube responder com “Queria testar a força do meu coração”…
Estes dias ainda fecho a mão e fico simplesmente a admira-lo. Faço isto diariamente e a verdade seja dita, sim por vezes ainda bato nalguma coisa dura como uma parede, uma mesa, vidros… E sabem porquê ? Porque embora o meu punho tenha ficado maior desde aquele dia, ainda consigo fazer como que as fendas se abram e a dor e sangue continuam lá…