Bom dia, como estão?
Pois é, ano novo, texto “novo” !, e já que estava na hora de mais um texto do Ricardo depois da pausa que se fez 😀 . Mas vá, vamos à devida introdução para os novos leitores para depois se deliciarem com as suas palavras:
Pois bem, não tardou o sucesso dos textos anteriores, (eu bem vos tinha avisado 😀 ), e já vos trago mais um texto! Pois é… é mesmo isso. Serão dois por semana 😀 .
Para os que não sabem do que falo, iniciei no final do ano passado uma rúbrica em que publicarei aqui no blog textos que o Ricardo Sousa publicou originalmente no seu blog, Vivências Anormais, não só pela amizade que temos, mas pelo grande amor que nutrimos à escrita e de como queremos evoluir nesse mundo. Claro que as publicações mais recentes irão apenas estar aqui lá mais para a frente, mas tenho a certeza absoluta de que, depois deste, irão a correr ler todos os outros de uma ponta à outra. 😀
Para relerem então os primeiros textos, basta carregarem AQUI (ou nos links mais acima – este vai levar-vos às publicações originais no blog do Ricardo).
Sem mais demoras, deixo-vos assim com o “novo” texto:
O lado sombrio do amor…
Sempre quis que alguém me amasse por aquilo que sou, por mim. E um dia isso aconteceu, quando o rapaz de preto virou-se para mim e disse “Amo-te”. No entanto, vi-me incapaz de proferir as mesma palavras, vi-me incapaz de lhe dizer que o amava também. Em vez disso disse-lhe “Não me ames. O meu humor muda tal como muda o tempo, é imprevisível. Tomo medicamentos para o controlar mas mesmo assim não ajuda absolutamente nada. Quando me sentir em baixo não vou ao teu encontro mas em vez disso vou ao encontro de uma faca ou de algo afiado. E quando não me sentir bem não importa a quantidade de vezes que me chamares de lindo, de maravilhoso, irei acabar a chorar por cima do lavatório ou sozinho no quarto. E raramente irás precisar de me acordar porque estarei lá fora a fumar um cigarro na tentativa de apagar ou parar com meu ataque de pânico que sucedeu enquanto dormias. Uma garrafa de licor irá tocar os meus lábios mais vezes do que pensas porque ajuda-me a esquecer. E nunca, mas nunca irei andar apenas de boxers ou sem t-shirt com vergonha de mostrar meu corpo. Odeio certas partes do corpo. Nunca irei pegar no telemóvel quando estiver num canto por não te querer perturbar mesmo sabendo que te importas.
Não me ames, porque quanto mais te apaixonares, maior vai ser a vontade de quereres “arranjar-me” e juntar as peças todas, mas entende isto: que tu não podes arranjar algo que está mais que quebrado que um vaso mesmo com as peças todas e no fim de tudo não podes arranjar algo como eu porque tenho medo de fazer o mesmo a ti! E com isto o rapaz de preto foi embora e é assim que a história termina.