Sabem o que eu ainda não consegui entender? Como é que após várias oportunidades de falar, de mostrar que as coisas mudaram, de simplesmente tentar mostrar que tudo está diferente, as pessoas continuam a fazer exatamente o oposto? Será que o monstro sou eu? Será que o problema é meu e de mais ninguém? Será que sou assim tão má pessoa que existe essa necessidade de mentir, de omitir, de fugir da verdade constantemente? Ontem dei por mim a pensar exatamente nisso.
Dei por mim a pensar que eu devo ter feito mesmo muito mal na minha vida anterior, ou mesma nesta! A estratosfera kármica deve querer mesmo que eu saia de uma forma quebrada, porque é assim que me sinto neste momento: quebrado, destroçado, sem vontade! Perder um amor, descobrir que estás doente, ter aqueles que amas continuamente a mentir na tua cara e ainda sentir-te à parte é das piores sensações de sempre. E para ser sincero, acaba por ser difícil querer demonstrar o contrário. A mágoa. O abuso de poder. A desilusão acaba por fazer esse sentimento apoderar-se de tudo o resto. E, vocês conhecem-me. Vocês sabem exatamente que sou apologista de viver a vida ao máximo e de lutar. Mas ultimamente a minha pergunta é: Lutar para quê, sinceramente?
Como é que eu me tornei assim numa pessoa que nem se reconhece no espelho? Como é que eu deixei que aquela minha confiança, fosse quebrada? Como é que me tornei numa pessoa que faz como que os próprios amigos sintam essa vontade de mudar e nem dão por isso? Juro-vos, eu não entendo. Eu gostava de entender. Gostava de saber o que leva uma pessoa ao limite de querer esconder. Gostava de entender quais os limites impostos e quais as barreiras a ultrapassar.
Digam-me vocês… Como é que conseguem lidar?
Diogo Simões 