A semana passada, experimentei algo que, nos meus 22 anos, não sentira ainda…

Sabem aquelas amizades que fazemos no Básico, e depois com a entrada para o Secundário, são como que perdidas? Uma perda resultante, não propriamente “do querer que aconteça”, mas simplesmente, pela vida que cada um de nós quer traçar?

Pois bem… após o que foram 7 anos… 7 anos de novos desafios, escolhas, pessoas, ensinamentos!, eis que sou convidado para um jantar de aniversário. Um jantar em que pude estar, para além da aniversariante, com duas amigas que não via há, pelo menos, 5 anos.

Naquele jantar, ansiado muito por todos, o diálogo era incessante. Todos interessados nas vidas uns dos outros. Em saber o que acontecera depois daqueles anos a aprender juntos. A crescer juntos. Quando se criaram as bases para aquilo que, hoje, somos. O que mais me surpreendeu foi em como cada um de nós, estava apesar de diferente, igual. Quer os risos, as piadas, ou a maneira de interagirmos uns com os outros. Foi como se, na verdade, os 7 anos que nos separaram, fossem somente 7 horas. 7 horas que deram lugar a gargalhadas infindáveis quando surgiam recordações das nossas professoras mais detestadas, ou das brincadeiras que tínhamos nos intervalos.

Foram feitas novas promessas. De nos vermos mais frequentemente. Ou tentarmos. Foram criados novos espaços nas nossas memórias, que agora estão ocupados com a sabedoria que cada um tinha quando falámos já, depois da meia noite, das coisas mais sérias com que nos deparamos. Desde o suicídio dos jovens, ao crescimento dos mesmos. Das novas gerações e das diferenças da nossa… Até de computadores quânticos falamos, vejam lá bem…

No final do encontro, cada um seguiu o seu caminho. Com a sensação de plenitude. De como que abraçar o que o passado nos tinha presenteado, para olharmos para um futuro que não conseguimos sequer antever. Todavia, foi perceber a preocupação, carinho e atenção que cada um de nós tinha, que me marcou. Profundamente. Dando por mim, quase pela primeira vez na vida, a aperceber-me a pena que tinha por não ter agora aquelas pessoas na minha vida, como tivera outrora… Mas apesar da distância. Do tempo. Dos sonhos e projetos, elas acabam por lá estar. Sempre!

 

Originalmente escrito a 3 de setembro de 2017

One thought on “7 Anos

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