O #TheBibliophileClub é um clube de leitura criado pela Sofia, do A Sofia World, Sónia, do By The Library, e à Lyne, do Imperium. Sendo um clube de leitura, o objetivo é estimular a leitura por diferentes categorias definidas todos os meses. Após isso vamos discutindo os temas, trocar ideias, fazendo amizades. Tudo por conta do nosso amor aos livros. Isso acontece quer pelo uso da #, da partilha no grupo do Facebook, ou ainda nos blogs de quem tem. Desta forma, o tema do mês de março é dedicado às mulheres, À leitura de livros escritos por mulheres. Mas não se fica por aqui. Fomos também desafiados a escrever sobre as mulheres que nos inspiram! Sendo este um blog dedicado praticamente em exclusivo à escrita, irei falar-vos da escritora que mais me inspira e o seu como e porquê. Este último desafio farei em separado e muito em breve…
Mas posta a introdução mensal, o livro escolhido foi o da já vencedora de um prémio Pulitzer: Donna Tart, com o livro publicado em 2015, com a sua primeira publicação em 1992.

Fazer uma crítica a um livro da Donna é uma autêntica festa. Sei disto porque quando li o Pintassilgo – que deu o prémio à autora e uma adaptação cinematográfica com nomes de peso a sair este ano – passei pelo mesmo. Como o fundamento para esta opinião é o mesmo, vou começar a desembuchar:
A Donna, com os seus longos livros, dá-nos arcos narrativos completos para cada personagem, em que não existe nem um único ponto que fica de lado. Nem com personagens secundárias e que muitos autores esquecem de referir à medida que se trilha o caminho pelo/s protagonista/s. Isto leva a que as personagens nos fiquem marcadas, sendo dos poucos livros em que sinto vontade de voltar a reler de forma a encontrar aquelas personagens.
A sua escrita é bela, descomprometida, e é impossível de classificá-la como indiferente. Não o é! E é isto o que leva a tudo o que acho dos seus livros: Com histórias carregadas de profundida, é fácil termos momentos mais parados, sem nada a acontecer ou em que não vemos a utilidade das passagens. Posso dizer-vos que as quase primeiras duzentas páginas nada aconteceu se não o desfilar das personagens por quem íamos acompanhar a história. Mas agora confesso: sempre achei a escrita das mulheres mais leve que a dos homens. Com a capacidade de nos levar de uma forma quase imediata a onde quer chegar e com uma intelectualização dos sentimentos fantástica.
Nesse sofrimento inicial, foram diversas as vezes em que pensei em abandonar o livro. Mas a escrita da autora era tão envolvente que entrar na rotina das personagens tornou-se um autêntico prazer. Admito que nem todos o possam apreciar, mas vale a pena.

A história retrata assim um conjunto de amigos muito peculiares e que têm uma curso bastante exclusivo – só para cinco pessoas-, o que leva ao nosso protagonista a querer entrar no mesmo pelos seus gostos e experiência de vida. Desta forma, este acaba por entrar, vindo a descobrir mais tarde, por meio de um conjunto de eventos inesperados, que eles mataram acidentalmente uma pessoa. Quando tudo isto se dá, é o momento em que o leitor devora cem páginas sem noção pela sucessão de eventos e alterações nas dinâmicas. E mais: o melhor deste thriller, é que as personagens não são, literalmente, o que pensamos.
Porém, e acrescentando à crítica inicial, achei o protagonista idêntico ao da história do Pintassilgo. Muito por conta da narração e a forma como este vê o que se vai desfilando diante dos seus olhos. O mesmo para um ou outro evento, que conseguem tocar naquilo que é uma das histórias mais recentes da autora.
Aborrecimentos à parte, esquecer estas personagens será difícil, e tenho plena noção que olharei sempre para este livro com grande nostalgia. As surpresas são muitas, mas o final é alucinante… LITERALMENTE!
MINHA CLASSIFICAÇÃO: 4/5
CLASSIFICAÇÃO MÉDIA GOODREADS: 4,09/5
Juntem-se ao grupo:
2 thoughts on “#THEBIBLIOPHILECLUB (Março) – A História Secreta”