Estamos em agosto de 2018 e é anunciado que dos compositores mais famosos do cinema vem a Portugal a 3 de abril de 2019. A emoção é muita. Rapidamente falo com o meu irmão, com os meus pais e o Ricardo. Há anos que esperamos por algo assim, e a oportunidade não pode falhar. Não sabemos quando voltará a acontecer. Lá compramos os bilhetes, no Algarve, para depois enfrentarmos meses penosos de espera. Os dias, as semanas, os meses passam. Ficamos a conhecer o alinhamento, alguns vídeos, e o álbum fica disponível em março. Mas queríamos era ir. Mas o dia chegou, e conto-vos tudo!

Ficámos surpreendidos quando vimos o Altice Arena completamente cheio. Não havia lugar que faltasse ocupar, e o público parecia aguardar com expetativa o desenrolar da noite. Eu estava em choque pelo público crescente. Mas agradou-me tanto, mas tanto, que não têm noção. Mas digo-vos o porquê: no final do concerto, uma rapariga – com os seus 16 anos – comentava com os pais que ela, e uma outra amiga, eram as únicas da sua turma a conhecerem o Hans Zimmer. E isto, a meu ver, traduz muito o panorama para todo o país. E é triste! É muito raro ter quem conheça compositores de cinema. Até mesmo os amantes de cinema têm dificuldade em abraçar este lado tão importante da criação cinematográfica. Geralmente o público só liga para o elenco e a história, e esquece-se de que existem argumentistas, técnicos de som, imagens, efeitos visuais e especiais. O mesmo para o som, com os sons naturais e as score/banda sonora.

Passando esta observação do ambiente rico, algo que me deixou perplexo foi perceber que este artista, que deixou Portugal por muitos anos fora dos seus planos, irá regressar ao nosso país já a 8 de dezembro. Não é fantástico?

Com toda a ansiedade, foi pelas 21h10 que o espetáculo começou. E que abertura em grande, conduzida pelo maestro Gavin Greenaway – que falou em português! Mas não só a abertura, toda a primeira parte se desvendou em explosão de sentimentos, emoções, e músicas que fizeram arrepiar-me até ao osso. Desde a projeção de elementos dos filmes, a luzes com coreografias estudadas, e o coro a ressurgir por diversas vezes por detrás dos ecrãs laterais deslizantes, tornou este espectáculo numa celebração ao cinema sem igual.

  1. The Dark Knight
  2. King Arthur
  3. Mission Impossible 2
  4. Pearl Harbor
  5. Rush
  6. The Da Vinci Code

Antes de algumas atuações, tínhamos a oportunidade de ver gravações que o Hans Zimmer realizou para o concerto, que contava mais sobre elas. Uma perspetiva única, nova, para músicas tão conhecidas. A que fechou a primeira parte, e com uma ovação, foi o Código d´Vinci, que trouxe a visão do compositor para um filme tão amado e controverso.

Desta primeira parte, tenho de destacar as músicas de Pearl Harbor, Rush, e a última que compôs o alinhamento do Código d´Vinci.

Mesmo não estando a conduzir a orquestra, foi Hans quem adaptou todas as músicas a serem tocadas, assim como dos detalhes das cenas a serem projetadas. Um trabalho notório e que podem ver no vídeo oficial em baixo:

Após a pausa de 20 minutos, foi o continuar deste mundo de sensações, em que todos os estados de espírito foram sentidos por um público português entusiasmado, vibrante, e que aplaudia e se levantava sem pudor. Foi também nesta última parte que a maior surpresa chegou…

  1. Madagascar
  2. Spirit
  3. Kung Fu Panda
  4. The Holiday
  5. Hannibal
  6. The Lion King
  7. Gladiator
  8. Inception
  9. Pirates of the Caribbean

A surpresa chegou assim com a Incpetion, célebre música do compositor, que contou com a aparição do mesmo. Foi um rejúbilo intenso do público assim que este apareceu a dar os acordes de guitarra. Num aplauso intenso, fruto de um espetáculo ao qual o povo português não está habituado, apreciamos o que era o findar de uma obra de arte autêntica.

Após a aparição, o música fez questão de agradecer ao público e de apresentar os seus elementos, sempre com aplausos estrondosos. Para findar a noite, terminou com o meu amado Piradas das Caraíbas. Confesso que não é das medley que mais gosto, mas foi muito bonita e, sobretudo, sentida. Ainda mais com os tremendos efeitos visuais e sonorização.

Nesta segunda parte, o meu coração derreteu-se em Spirit, The Holiday, The Lion King, Inception e Pirates of the Caribbean. Gravei alguns minutos destas atuações, que partilho já convosco. A título de curiosidade, fiquei encantado como o público que estava verdadeiramente a apreciar o evento. Foi raríssimo ver telemóveis no ar, quer da Plateia, quer dos Balcões. E foi tão, mas tão bom!

Sem dúvida que esta noite foi mágica, e por mais que me tenha repetido em certos elementos nesta publicação, é completamente impossível de descrever tudo aquilo que é sentido num ambiente como estes. Se gostas de cinema, e em especial dos temas a fazerem parte da setlist, aproveito para informar que os bilhetes para dezembro já estão disponíveis. Para os interessados, podem ainda ouvir a Playlist oficial no Spotify e Apple Music.

One thought on “Fui ver o “The World of Hans Zimmer” em Lisboa (Vídeo)

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