É com “O Pior Espetáculo do Mundo” que César Mourão, Carlos M. Cunha e Gustavo Miranda se apresentam nesta comédia. Uma que contou com três datas em Leiria e que agora vos trago aqui para o blog.
Fui vê-lo com o meu pai, após a desistência do meu irmão. Sempre conheci o trabalho do César, muito por conta do Rebenta a Bolha da Rádio Comercial (podemos ter uma nova temporada, por favor?), mas dos outros nunca tinha ouvido falar. Podem atirar-me pedras, mas é a verdade. Posto isto, lá fui eu. Não sabia de nada, só que duraria 90 minutos e não tinha intervalo. Uma coisa é certa: saí de lá com um estado de espírito completamente diferente do que com o que entrei.
A sala estava cheia, como tem sido habitual em qualquer espetáculo no mítico Teatro José Lúcio da Silva, e mal as luzes se apagaram para se dar o abrir das cortinas, o riso tomou conta da plateia. A interação que os três humoristas os têm entre si e com o público é de tal forma íntima, que a comédia que daí se gera é soberba e verdadeira. Não existe aquela piada fácil ou descolada do cenário. Aliás, é por isso mesmo que os achei tão bons. Por pegarem no público que têm diante de si, e sempre diferente, possibilitando um leque de piadas novas a cada sessão.
O espetáculo ocorre com diversas rubricas do qual é o público que as alimenta com ideias, frases, nomes ou histórias. Aliado a isto, está a banda que acompanha os humoristas e que compõe o ambiente. Claro que depois da plateia aparecem coisas irrisórias e parvas e que servem de mote de piadas.
Gostei de todas as rubricas, menos a última. Achei-a confusa já que estava a retratar a história de um casal escolhido da plateia. Retratam a história de amor com amigos à mistura. Sendo que temos três elementos do sexo masculino, compreender quem faz de quê pode estragar a experiência. Obviamente que foi fantástico porque se percebe o quanto de improviso existe. Porém, a minha parte favorita foi sem dúvida a que teve o Gustavo Miranda – da Columbia – a fazer gestos. Pois bem, este foi só o melhor momento da noite e baseado na história criada no momento. Foi tão mas tão engraçado e espontâneo que pensei que ia ficar sem maxilar de tanto rir. Afinal de contas, ele tinha de fazer em gestos aquilo que o César contava ao Carlos Cunha – a sua proeza de ter dado a volta ao mundo de costas. Podem imaginar uns gestos bem engraçados daqui… É daqueles momentos que adorava ter filmado pela singularidade do mesmo.
A noite foi excelente e não poderia ter ficado mais surpreso. Uma coisa é certa: passarei a andar mais atento a estes três. Se tiverem a oportunidade de os ir ver, por favor, não os deixem escapar. Vão esquecer todos os vossos problemas, vos garanto.
