No início do ano contei-vos como estava desejoso de finalmente ler algo do Nuno. Na verdade, mesmo só agora estando a ler algo do autor, já tinha conhecimento do seu trabalho quando publicou a sua trilogia Freelancer. Todavia, ao saber que este ano iria lançar um novo livro pela Cultura Editora após o sucesso do ano passado – Pecados Santos -, não consegui resistir em adquirir este novo thriller. Como devem de imaginar, as expetativas eram bastante elevadas… Todavia, tal “expetativa” levou a alguma desilusão. Mas preciso de vos explicar o que quero dizer com isto…

Como a escrita é a porta de entrada para um livro, foi com grande alegria que encontrei uma narrativa em terceira pessoa e escrita de forma leve, simplificada e bastante encantadora na leitura. O facto dos capítulos serem curtos levou a que lesse sem noção de quanto já o tinha feito. Aliado a isto, estão personagens interessantes e com características todas elas peculiares. São vincadas e ainda hoje, ao vos falar delas, sinto alguma saudade em acompanhar o dia-a-dia das mesmas. A história consegue acompanhar este embalamento criado pelo autor. A atmosfera é rica, e são notórias as pesquisas do autor e de como ele nos conta de forma natural e por meio dos diálogos das personagens. Todavia, é aqui a maior falha.

Escrita: 5/5

Senti a história muito rápida ao ponto de certos pontos se tornarem “demasiado simples” em termos narrativos e explicação. Gostava de ter sentido mais profundida nas personagens, interações entre ambas, assim como às narrativas principais e secundárias. A principal e a que motiva a história acabou desta forma por, mesmo sendo deslumbrante e bonita, parca em desenvolvimento. Adorei a forma como está organizada, com avanços e recuos temporais…., mas alguns, na minha ótica, não foram propriamente necessários, já que nunca senti a ânsia ou desespero por perceber como iriam “resolver” o assunto. Senti sempre que estava tudo controlado e encaminhado, sem twists inesperados a acontecer.

Personagens: 3/5

Estou ansioso por ler os livros antigos do autor e por mergulhar em algumas das personagens que são recorrentes no seu universo.

História: 3/5

A minha classificação: 3/5

Bertrand

One thought on “#TheBibliophileClub (abril) – “A Última Ceia”

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