Pensei em inúmeros títulos para esta ideia que o Ricardo me deu, mas o que é certo é que havia tanta coisa por dizer, que tentei que se tornasse abrangente, mas ao mesmo tempo conciso em área. Isto é, já vos falei do porque de ter um blog e de como podemos escrever para um blog. Mas como o tópico que aqui evoco é a “raiz”, penso que até saiu algo engraçado.

Vou tentar ser o mais prático possível, mas sobretudo, dar-vos ideias do que eu próprio tenho pensado ultimamente.

1º – A plataforma

Escolher onde o blog vai ficar hospedado é tudo menos fácil. É preciso ter em conta alguns fatores, e é deles que vou falar.

Escrevo-vos no wordpress.com, mesmo que esta nomenclatura já não apareça no URL por ter aderido a um Plano. É por este plano que o WordPress.com se diferencia, tendo uma catrefada deles. No que toca a blogs e sites pessoais, temos o gratuito, Bloguista, Pessoal e Premium. Quando vamos para a área de negócios e lojas online, temos o Premium, Negócios e eComerce. Todos eles com diferentes preços e características que melhor te podem ajudar a definir o blog. Todavia, existe também um grande conjunto de temas e sendo o WordPress uma plataforma internacional, a questão de comunidade não é só nacional. Isto é, nos blogs Sapo, das melhores coisas é como é fácil chegar a um blog novo. Existe uma grande comunidade portuguesa e que facilmente descobre e lê de tudo. No WordPress, sendo mais vasto, acaba por ser difícil ter logo esse feedback, mas acontece, e é importante depois saber trabalhá-lo com a quantidade de ferramentas de personalização que o WordPress dá comparado à plataforma Sapo (pelo menos, de forma automática, e sem mexer em códigos HTML e etc.). Sei que existe o blogger, da Google. Porém, como nunca o experimentei, deixo esse campo para vocês.

Leitura Recomendada: Porque tenho um blog?

Posto isto, é importante que antes de começarem saibam o que querem obter, qual o vosso propósito. Pode ajudar-vos a escolher esta nova casa e que fiquem satisfeitos com a escolha. Outra das opções, e sem planos, é o wordpress.org – que redescobri por causa da Sofia Costa Lima. Todavia, só conseguem usá-lo se tiverem já um domínio comprado numa outra plataforma. Como falo de cria rum blog de raiz, e não em domínios (matéria de site), vou deixar ficar este tópico por aqui. É importante compreender o que existe no mercado e de como pode complementar e dar sustento ao vosso trabalho.

2º – O tema (design)

Escolher um tema é muito, mas muito mais do que ter colunas, cores bonitas, cabeçalhos ou destaques. Não é surpresa que os melhores temas presentes em plataformas sejam pagos (com base na experiência em WordPress). Claro que há temas gratuitos e que agradam a todos. Mas vou dar-vos um exemplo muito claro do que tenho aprendido. Vou recuar um bocadinho, sim?

Leitura Recomendada: “Como” escrever para um blog?

Quando comecei no WordPress, o importante para mim era ter um menu fácil de “montar”, organizar. Foi até por essa razão por que vim para esta plataforma, pela forma como podemos ter diversos tipos de menus e jogar com eles. Porém, ao evoluir, e em que o conteúdo era importante, ter um espaço limpo para o leitor ler era crucial. Acabei por me ir desleixando no blog, e só o ano passado lhe dei uma grande, mas grande repaginada. Uma que ao passar por conteúdo, afetou o design (tema). Passei a ter uma página estática, para melhor promover o meu livro e páginas que queriam que tivessem destaque, para que a componente blog passasse a ser acedida no menu. Adorei ter-me dado esse mimo. De ter construído (começado a) o que gostava e queria na altura. Foi um dia inteiro a adaptar coisas e saber como funcionavam, mas lancei o blog a tempo de falar de um qualquer festejo da seleção nacional no Porto. Após isto, e com o conteúdo a aumentar, apercebi-me de uma coisa: não queria colunas. Ter uma coluna que me altera as fotografias que tanto adoro tirar, ou vídeos, é uma autêntica porcaria. Com isto, fiquei num dilema: sendo a informação da coluna importante, será que deveria mudar de tema (por o que tinha não eliminar as colunas)? A resposta foi sim, e experimentei um super minimalista. Era um tema wide (isto vai ser importante), e tinha todo o espaço e amplitude do mundo (wide) para escrever e criar galerias de imagens. Isso foi fantástico, e mantive-o até abril (acho eu).

Aqui está algo sobre mim: eu escrevo, mas também sou leitor. Gosto de abrir o meu blog e ver como um leitor. Analisar, perceber o que funciona e não funciona. Acontece que como estava a publicar diariamente, percebia uma coisa: eu gosto tanto, mas tanto, de cada artigo que escrevo, que ter uma página baseada no scroll para saber (não estou a falar em ler) o que ando a escrever, não funciona. Rapidamente comecei a ver novos temas e descobri o que agora tenho. Podia ter destaques (até 6) ou até os remover. Tinha as publicações todas visíveis por retângulos, o que deu até um novo aspeto visual e mais apelativo ao blog. De repente, conseguia que quem visitasse o meu blog pela primeira vez, visse praticamente tudo o que tinha escrito num espaço de duas semanas. E isto, isto era muito importante. Todavia, as barras laterais vieram atrás e perdi o aspeto wide de publicação, o que até faz com que publicações com fotografias sejam quase penosas de ver. E é saber disto, que me faz escrever-vos.

Não estou, de forma alguma, a criticar as colunas – usei-as por anos e adorei o que me deram -, mas como me quero focar no conteúdo e quero que o leitor mergulhe nele como num livro (sem distrações visuais), é importante perceber o que querem para vocês. O que querem para o vosso cantinho online. Querem informação sempre disponível em colunas laterais para os vossos leitores saberem de informações pertinentes? Ótimo, sigam em frente. Querem algo só focado em texto e fotografia? Um tema que suporte wide pode ser uma boa opção. Querem ter destaques? Perceberam a ideia? Ao escolher um tema, temos de pensar em tudo. Não só como donos do blog, mas como um leitor estrangeiro. Quando alguém visitar o meu blog, o que vai ver? Que perceção vai ter? E isto pode ser muito importante para o trabalho que querem desenvolver…

3º – A diferença

Pensei que para este último ponto, fosse falar de temas. Ms não. Porque temas são transversais e estão sempre disponíveis, como já vos falei. É fácil de os arranjar e nos inspirarmos. Mas sabem o que é que não é fácil de arranjar noutro blog? Nós mesmos! O sabermos quem somos, o saber dar o nosso cunho pessoal e sabermos ser verdadeiros connosco e o que queremos fazer, escrever, contar e mostrar. É esta a diferença que considero essencial quando se cria um blog. Uma que só o ano passado me vi a redescobrir após ter tido por anos o blog “Olhos Castanhos Com Linhas”. Com isto, não tenham medo de arriscar. Utilizem a vossa menta na totalidade. Cuidado com o copiar. Se tiraram a ideia de um outro lado, dar crédito é o mais correto. Usam imagens? Procurem que sejam de direito livro ou que dão nota dos seus donos. Sejam organizados. Divirtam-se. Escrevam!

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3 thoughts on “Dicas de como criar um blog de raiz

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