Eu estou mal. Tu estas mal. Podemos resolver isto de diferentes formas. Mas, aquilo que acabará por acontecer é algum amigo (amigo, familiar) dar conta disso e nos fazer falar. Não fazer de “fazer”, já que expressar por meio da conversa e intelectualização o nosso problema pode (e não costuma ser) fácil. Mas é nestes momentos que aparecem os conselhos dos outros. Em que nos tentam ajudar ao termos essas pessoas a colocarem-se no que conseguirem no nosso lugar. Assumirem o papel que temos na sociedade e naquele problema. Mas sabes o que acontece? É que os conselhos que vamos ouvir e os conselhos que nós também damos aos outros, vão funcionar melhor em nós!

Não estou a acompanhar

Provavelmente estão a perguntar-se que raio de publicação é esta. Pois bem, eu também. Mas reparem, num ano em que vos falei tanto de dicas para autores, perceber isto tornou-se notório. Algo universal e porque é a verdade e comprovado por diversos estudos científicos. O facto de eu dar um conselhos vai sempre surtir um efeito diferente em mim do que em ti. Escrever isto pode parecer contraditório. Pode fazer-nos pensar: “então qual o ponto de os ler/escrever ou dar/receber”? Porque somos humanos e dar e receber conselhos faz sempre de nós seres sociais e os conselhos, como bem sabemos, terão sempre efeito. Eu próprio vou à procura de conselhos. De ideias. De novas formas de pensar. É o saber que não estamos sozinhos e de que é possível sentir estas dúvidas, incertezas ou problemas.

Mas porquê refletir sobre isto? Porque numa altura em que a sociedade é caótica em termos de rotina, torna-se importante fazer estas introspeções. De nós próprios termos a capacidade e deixarmos ouvir-nos a nós mesmos. Aceitar que o que vamos dizer aos outros naquele momento, fruto da nossa reflexão, sinceridade e amizade, pode em parte servir para nós. Para desbloquear uma qualquer parte de nós que ainda não conseguiu maturar-se. E isto acontece-me a mim, sabem? E adoro. É a melhor parte da nossa socialização. Da própria forma de contar posteriormente uma história ficcional. O ir ganhando consciência de que o que eu digo tem também impacto em mim. Na minha vida e, quiçá, no próprio futuro.

Saber ouvir os outros é de extrema importância e não conseguiriamos viver assim. Mas saber ouvir-nos a nós mesmos à luz das outras interações, é algo que não podemos ignorar e meter em causa. De ir descobrindo diferentes perspetivas, formas de pensar, agir e de nos comportamentar. É sermos completos e procurarmos uma forma saudável e sustentada conselhos para algumas das decisões da nossa vida.

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