Estamos a meras horas do fim de ano e não poderia, para mim, fazer mais sentido voltar a mais um capítulo desta rubrica. Uma que, agora, chega ao fim. Para além das palavras, a tecnologia é uma grande paixão minha. Com isso em mente, procurei neste segmento escrever sobre os temas que outros bloggers especializados, por vezes, se esquecem. Não por culpa deles, mas muito pelos prazos em que têm de entregar as coisas. Dito isto, foi com grande alegria que comecei a rubrica para, agora, dar-lhe a conclusão. Uma que, na verdade, fecha um ciclo.
Mi Band 4
Comecei este segmento ao falar não só da saúde digital, mas também da física. Com isso em mente, fiz a review da Mi Band 3, sendo agora a altura ideal para falar da nova interação: a Mi Band 4. As grandes diferenças prendem, claro está, com a inclusão de um ecrã ligeiramente maior e a cores. Não obstante, está um novo sensor de batimentos cardíacos que mede mais detalhes – presentes na aplicação -, assim como uma nova forma de mostrar marcos ao se atingir determinados Km no que toca à prática de desporto. Tudo isto é fantástico, é certo. Mas será que tem algo de mau?
Sim. Para uma smartband tão famosa, e na sua 4º geração, seria de esperar que a mesma fosse capaz de saber quando estamos a conduzir ou em transportes públicos. Outro ponto é ainda pela sensibilidade. É muito comum, durante o sono, acionar alarmes na pulseira pelos movimentos do corpo. Já foram assim diversas as vezes em que acordei por alarmes que não tinha definido. Para terminar, e ainda mais gravoso, está o carregador. A marca continua a oferecer uma solução nada prática e que facilmente engana o utilizador na hora de confiar no produto.
É certo que a personalização do ecrã da pulseira – agora completamente possível -, assim como as funcionalidades complementares à saúde diária, são pilares fortes. Porém, espero ver em próximas versões a marca corrigir estas pequenas falhas que, ao fim e ao cabo, podem fazer um utilizador optar por outra oferta…
Como autor, ter uma pulseira destas ajuda-me a ter foco. A saber controlar a minha saúde física para, mais tarde, a usar mentalmente. É um encontro entre o corpo e a mente e que é essencial na hora de escrever.
Bónus: Xiaomi Mi Body Composition Scale Bluetooth 4.0
Coloco como bónus visto que a compra é recente (6€ mais barata na PCDiga) e ainda não consegui registar os meus dados de Equilíbrio corporal (ainda não percebi o esquema de medição). Todavia, confesso que os dados que a balança dá são diversos e completos, permitindo ao utilizador ter um guia. Seria, num futuro, esperado ver uma integração maior entre pulseira e balança – como metas a atingir. Outro ponto que acho necessário ter em conta é que, por vezes, alguns dados parecem imprecisos.
Por andar no ginásio e ter acesso a outras balanças, consegui confirmar o facto, nomeadamente na gordura corporal. Algo que me relaxou foi perceber que a discrepância não era assim muita. A balança consegue assim ser uma boa aposta para quem precisa de foco ou de metas, não deixando de ser nada por aí além.
ScreenX – Primeiro ecrã 270º do país
Foi este mês que a NOS inaugurou os seus novos cinemas, no Norte Shopping. Como novidade, estava o primeiro ecrã 270º do país e cujo o preço por pessoa se dá na casa dos 11€. Se vale a pena, bem… é uma pergunta intrincada.
Para aqueles que pensam que todo o filme vai ser exibido naquele formato, que se desenganem. Só certas cenas do filme utilizam os ecrãs laterais, sendo que a ação principal continua (logicamente) a passar-se no ecrã central. Os próprios ecrãs laterais oferecem uma imagem meio que desfocada, imitando o olho humano.
Se vale a pena? Para qualquer amante de cinema, acredito que sim. Muitas cenas conseguem passar ao espetador a sensação de fazer parte do filme, não deixando, ao mesmo tempo, distrair da trama. Porém, o surgimento inesperado destas cenas pode também, por si só, distrair o espetador.
Como criador de conteúdo, ter estas experiências imersivas é um must na hora de contar história. Os gostos serão sempre subjetivos, mas não podia deixar de trazer-vos esta experiência quando vos falo, diversas vezes, na importância de se prender o leitor.
Espero, sinceramente, que tenham gostado deste segmento. Gostava de perspetivar o seu retorno, mas é algo que, para o rumo a seguir em 2020, provavelmente não acontecerá.
Viver com tecnologia #1 – A Saúde Digital (App) | Viver com tecnologia #1.5 – A saúde digital na sociedade | Viver com tecnologia #2 – As pulseiras inteligentes | Viver com tecnologia #3 – Especial MWC | VIVER COM TECNOLOGIA #4 – Ter um Kobo | VIVER COM TECNOLOGIA #4.1 – eBook vs. livro físico | Viver com Tecnologia #5 – Tech Round Up