Estão a perguntar-se porque só agora, na última semana do ano, falo do natal, não é? Pois bem, a resposta é muito simples e pode resumir-se a quatro algarismos: 2020. Uma resposta que, sejamos sinceros, tem sido usada para justificar qualquer coisa que não corra como o previsto.

refleti convosco o porquê de isso acontecer, mas o que não consegui ainda refletir em mim foi o porquê de ter demorado tanto tempo a falar-vos do natal. Sendo que a resposta poderia resumir-se à explicação anterior, a verdade é que a mesma é complementada com outra coisa.

A vida adulta começa a ter o seu peso

Quando me mudei para o Porto a ideia não era essa. Ou seja, até que era, mas não esperava que fosse tudo tão “linear”. Na minha cabeça era “ir estudar para o Porto”, onde aos fins de semana voltaria a casa. Voltaria à família e amigos. Acontece que as responsabilidades das minhas escolhas – e percurso – começaram a ditar as regras do jogo. A fazer-me perceber que, por mais que ame a quadra natalícia, 177 Km de alcatrão começariam a fazer parte destes momentos festivos.

As nossas escolhas têm impacto

Claro que o título deste segmento não é novidade para ninguém. Não deixa, todavia, de ser espantoso a forma como os nossos sonhos influenciam as oportunidades que nos surgem e a nossa predisposição para as aceitar na nossa vida. E, quer existam oportunidades inesperadas, ou não, o certo é que aceitá-las torna-se o verdadeiro desafio. Foi, na verdade, o desafio deste ano. Aquele em que compreendi que, tal como uma Hannah Montana, para ter o melhor dos dois mundos, temos de saber tomar decisões sensatas para que o nosso percurso não saia prejudicado por isso. Para que, no fim, seja possível participar na nossa vida familiar assim como aquela que trilhamos independentemente.

O natal é isto!

Sejamos sinceros: na nossa infância, o natal era, para nós, crianças inocentes, brinquedos. Prendas. Alimentado pelo consumismo, os anos passaram para que fossemos crescer e compreender que há formas e sentimentos mais profundos na quadra. Que, na verdade, o natal não é somente o amor e empatia para com o outro, mas o de saber demonstrar esses sentimentos por meio do esforço. Não é mais pelas prendas, mas pelo estar presente. Nada de novo, eu sei. Mas, sejamos sinceros: numa altura em que ainda metade da população encara o natal como uma época de consumismo, não é tarde nem cedo para relembrar que não é só isso que está envolvido.

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