Não o podemos negar: este foi um ano memorável. Quer esta memória coletiva seja por eventos terríveis, como fabulosos, 2020 será o ano que sempre iremos recordar. O certo é que, e sendo completamente honesto, tenho de reconhecer que diante de tantas dificuldades passadas a nível mundial, o meu ano esteve longe de ser infeliz. E, mesmo que não tenha conseguido promover o meu livro como o faria num ano normal (sendo o meu blogue 80% voltado para a literatura, teria de o referir), tive muitas lições positivas a retirar destes doze meses.
Paciência
Sempre me considerei uma pessoa paciente e calma. E, verdade seja dita, este ano serviu para perceber a importância de ser paciente, não só para comigo, mas para com os outros. A verdade é que vivendo nós na era da desinformação, foram diversos os momentos em que me vi necessitado de paciência para fazer ver, a outras pessoas, como discursos de ódio e conspiração em nada ajudam a situação em que vivemos. Na verdade, até a torna pior, por fazer ver que se investe mais tempo em comentários nas redes sociais do que, talvez, ver algum documentário elucidativo da pandemia, por exemplo.
A Informação
Este foi o ano em que mais investi na leitura informativa. Não que não o fizesse, longe disso. Mas acontece que, com o tempo contado, mais rapidamente lia o título de uma notícia do que o seu conteúdo. Sendo informação uma parte fundamental do conhecimento, neste último semestre adotei logo uma postura diferente e que me ajudasse a crescer e compreender outros campos da nossa sociedade. Estas são as últimas aplicações que instalei e que me dão informação fácil de ler num telemóvel: Vox, Observador e Diário da República Eletrónico.
A Organização
Reparem, eu sou extremamente desorganizado. É uma característica minha e que foi posta à prova este ano. Não só em coisas concretas como a minha leitura ou publicações no blogue, mas com os meus projetos e passatempos. Muitas destas coisas não dependeram exclusivamente da minha parte (especialmente no que toca a encomendas), mas se 2020 me disse alguma coisa foi: “Diogo, em 2021 tens de usar as ferramentas que tens ao teu dispor para uma maior organização”.
Como o farei? Bem, quando comprei em agosto um novo telemóvel, quis que este desde logo me fosse ajudar num vindouro 2021. Claro que um objeto, por si só, não funciona. É preciso um compromisso e uma rotina que, no caso da escrita, projetos e passatempos, irá envolver usar o Microsoft OneDrive para me organizar, quer esteja no telemóvel, quer, mais tarde, no computador.
Outro dos pontos onde me desorganizei foi com os livros e e-books que tenho e ainda não li versus aqueles que quero ler e não comprei. Isto não me ajuda na hora de escolher boas promoções ou compras, pelo que esta semana criei uma categoria no Goodreads que me irá ajudar a arrumar a cabeça e leitura. São coisas simples, mas que, no final do dia, me vão ajudar.
Estar Presente
Ainda há dias escrevi-vos do natal, pelo que não poderia deixar de realçar como este ano me demonstrou a importância da empatia. O de sabermos pensar na nossa coletividade e desta em função do nosso presente e futuro. Este ano perdi muitos encontros com amigos queridos em Leiria, mas quando obrigações de civismo se impõem, a Internet veio ajudar na forma como nos encontramos. Exemplos disto aconteceram no início do ano, quando todas as sextas-feira via filmes com amigos enquanto fazíamos uma vídeo-chamada, ou quando agora, no natal, tirei, após regressar do Porto, uma foto com a minha família enquanto o meu rosto era projetado na televisão.
Só a nossa vontade nos impede realmente de estar com os outros, e estou muito grato de ter sido possível dar a volta por cima.
Tempo
O tempo foi algo que referi em cada uma destas entradas. E, quer isso tenha acontecido direta ou indiretamente, com a passagem dos meses, apercebi-me de que o tempo nos torna mais recetivos a perceber os nossos próximos passos. Exemplos destes momentos podem ser encontrados na forma como consegui terminar a minha tese e apresentá-la no Zoom, ou até da experiência profissional que vim a ganhar no trabalho e que me trouxe recompensas inesperadas.
A escrita desempenhou também um lugar de destaque ao compreender que preciso de tempo para ela. Não propriamente para escrever, mas para rever. Para refletir. Não ter pressa de publicar algo quando uma revisão e edição são processos extremamente importantes.
Nestes últimos anos quis experimentar tudo o que a minha mente me dava. Queria meter as ideias em prática e aprender logo com elas. Isso aconteceu por demorar anos a trabalhar no Esquecido e ter-me aventurado, em 2016, a publicar no Wattpad o romance: P.S.: Ficas Comigo?. Queria tanto descomprimir do meu primeiro thriller que só queria escrever algo novo. Porém, esta euforia levou-me a parar e refletir que queria abrandar. Que queria ter mais cuidado com os meus projetos.
A atenção e cuidado que damos às coisas é fundamental, em especial num mundo online. Foi assim que levei a cabo uma nova temporada de Fãs de Sexta, com três meses de preparação, assim como a objetivar rever os trabalhos que tenho no Wattpad. O que retiro disto? Que planeamento ajuda, e dar tempo a nós e às ideias para respirar, também.
E 2021?
Quando comecei a escrever esta publicação estava longe de imaginar onde me levaria. A verdade é que entre ver uma série no canal História, o Angry Birds 2 e o Harry Potter e o Príncipe Misterioso, cheguei à conclusão que em 2021 espero conseguir aprimorar todos estes pontos. Quer o da organização, até ao saber estar mais presente enquanto me inspiro para novas ideias. Tudo isto, claro, enquanto trabalho no próximo livro a ser publicado.
E vocês? O que retiram do vosso “virar da década”?
Tema interessante. Organização nos ajuda a ter clareza mental e calma para realizar nossos objetivos.
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Olá, Rosana. Sem dúvida. É algo que facilmente esquecemos.
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