Após a última publicação muita coisa aconteceu. Estive de férias, regressei ao trabalho, para ir novamente de férias para, há já quase duas semanas, ter regressado à rotina de forma definitiva. Isto parece caótico, mas, na verdade, revelou-se regenerador e que me levou a novas ideias. Algumas das quais já executei e quero partilhar convosco.
A escrita como intervenção
Esta rubrica que apresento agora aparece para ajudar todos aqueles que procuram a escrita como uma forma de pensar, abstrair e refletir. Apesar da grande parte destes exercícios terem sido aplicados em contexto laboral, eles são possíveis de executar em qualquer situação e para qualquer público. A cada publicação desta rubrica irei revelar novos e com as reflexões possíveis de fazer.
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Se eu fosse mulher/rapariga | Se eu fosse homem/rapaz
O que mais gosto enquanto autor é a possibilidade de me meter na pele de outras pessoas (personagens). Foi com isso em mente que pensei nesta alternativa e que pode levar o público-alvo a pensar nas dificuldades e desafios em ser-se mulher, ou homem, ou professor, juíza, atriz, homossexual, alguém todo tatuado, etc. Já perceberam a abrangência deste exercício, não é?
O exercício, sendo ótimo para se treinar a capacidade de empatia e de nos projetarmos nos outros, ajuda na componente criativa e de escrita. Todavia, considero importante uma explicação fundamentada na apresentação deste exercício e que ajude o público-alvo a compreender o que se espera.
Torna-se um trabalho com o potencial de levar a diversas reflexões pessoais e interpessoais e do estado da sociedade e da própria perceção que o indivíduo tem dela.
O meu superpoder
A fantasia é um refúgio para qualquer pessoa. Quer seja na lua, num livro, num filme ou série, imaginar uma realidade alternativa pode ser um escape para os problemas que enfrentamos. Ou, indo mais longe, uma forma de os colocarmos em perspetiva ou, simplesmente, preto no branco.
Ao pedir ao nosso público-alvo para imaginar qual o seu superpoder, permite uma reflexão quase que global da vida de cada indivíduo enquanto este pensa no poder que gostava de ter e, mais importante, o porquê de tal acontecer.
Este exercício acaba por ser, tanto pessoal, como criativo, leve e com potencialidade para diversas discussões.
O que mais me assusta é…
Então, há algo que se torna importante dizer: nem todos os trabalhos escritos sugeridos aqui ou feitos por vós têm de ser partilhados. Por vezes, a confiança no que é escrito e a abertura para eventuais partilhas torna-se algo muito superior à ideia original. Ou seja, de devolver ao nosso público-alvo a abertura para a partilha conjunta ou individual.
É com base nisto que apresento esta ideia. Uma que se torna inspirada no Halloween, a quadra que as pessoas se vestem de coisas que os assustam ou repugnam. Este exercício pode assim falar, quer de medos considerados, para muitos, superficiais ou, dependendo da confiança que exista com o público-alvo, levar a partilhas mais íntimas.