Tenho ideia de já ter falado disto aqui, algures por entre as centenas de publicações, mas o tema é tão recorrente que não o posso ignorar. Não quando me afeta a própria disposição e capacidade de lidar com as responsabilidades da vida. De que falo? É algo simples, na verdade. Complexo? Nem tanto.

Ter tempo

É o mal comum de todo o escritor, mas, este ano, isto parece caótico. Sinto que não tenho tempo de qualidade para me dedicar, com verdadeira vontade, a escrever. Quando o faço, tenho a cabeça a mil. A pensar ora que tenho de coordenar a equipa do site tecnológico do qual sou Diretor Editorial, ora que tenho de ir ao ginásio, às compras, ter com pessoas significativas, ler, ver séries, filmes ou, simplesmente, não fazer nada. Ufa.

Há algo importante a retirar disto: adoro todas as atividades em que estou inserido e, no geral, o ano tem sido fabuloso e cheio de desafios. Contudo, se comecei o ano a acreditar conseguir escrever dois manuscritos, rapidamente percebi que tal não era possível.

As expetativas

Talvez o problema esteja nas minhas expetativas. No acreditar conseguir prever tudo ao ponto de conseguir escrever dois manuscritos. O certo é que, sonhos já longe, tenho conseguido avançar com o manuscrito que iniciei este ano. Um que, de cada vez que lhe pego, dá-me um bom retorno. Deixa-me confortável com a direção da história e daquilo que quero criar para, em última instância, dar ao leitor.

Devia sentir-me contente com isto. Por, no meio de toda a vida adulta, este manuscrito estar a caminhar para o sítio certo. Mas parece que há sempre algo a faltar. Não sei ainda bem o quê mas, nesta publicação, quis deixar uma mensagem a todos os autores que se deparam com isto: o sermos realistas. O conheceremo-nos ao ponto de termos real noção de como fomentar o melhor método de trabalho para atingir os nossos objetivos.

Nem sempre vamos conseguir. Eu nem sempre o consigo. Contudo, sei que o que me faltou nestes meses foi um devido descanso para que me sentisse energético para acabar o meu manuscrito. Ironicamente, e sem ter a perceção, a própria pandemia também me alterou. No pegar no meu computador e ir para um qualquer café na baixa do Porto e, simplesmente, escrever. E consumir, claro, se não sou expulso do local. Mas faltou-me isto. E, quer as coisas melhorem ou não, sinto que preciso de recuperar um bocadinho desta liberdade. O de me dar esta prenda de ir escrever para um outro lugar, deixar o cão em casa e confiar que não a vai destruir, e “ser livre”.


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