Foi em 2019 que decidi renovar o blogue por completo. Foi nesse mesmo ano, e após publicar o Esquecido (RIP), que me dediquei imenso tempo a renovar também os conteúdos, rubricas e o que queria. Na altura era simples: ou escrevia para os trabalhos de mestrado, ou para os meus livros e para aqui. Cheguei a conseguir ter semanas de publicações diárias e a minha mente estava constantemente a pensar no que escrever de diferente. Quatro anos passaram rápido e, no meio de tudo isto, cheguei aqui. A perceber que estive um mês sem escrever para o blogue e que, na verdade, sinto-me culpado por isso.
As maravilhas assustadoras do crescimento
Em 2019 as minhas preocupações eram planas. Quase que escritas nas estrelas e limitava-me a segui-las. Agora, com um trabalho diário que substituiu o mestrado e o ter de escrever para os meus manuscritos, blogue e um novo site tecnológico da qual faço parte, ter cabeça para tudo é um bicho de sete cabeças.
Isto faz-me aumentar o stress, a ansiedade e a pressão em mim mesmo para não falhar. O blogue foi o que saiu prejudicado nisto. Mas sabem? Apesar de me sentir culpado, sinto-me bem em saber que tenho este espaço. Que, apesar de a vida dar mil e quinhentas voltas, o site e o meu blogue mantêm-se para me receber. Quer seja agora, daqui a duas semanas ou meses.
Dar-mos pausas
Tinha consciência, quando anuncie que todos os meus livros iriam sair de circulação, que teria de colocar o blogue como que em segundo (ou terceiro) plano para, não só acabar o meu novo manuscrito, como aprimorar as histórias passadas. É o perceber a importância de me dar descanso e focar no que realmente quero e que terá impacto nos meus leitores que vos escrevo isto. Que me obrigo a admitir que, mesmo que tenha estado parado, foi e continua a ser necessário!
Não quero, contudo, transformar esta publicação numa reflexão só minha. Adorava encontrar conforto nas vossas palavras e perceber como reagem vocês a todos os desafios da vida.