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Real. Surpreendente. Imprevisível. Único. O melhor de Helen Grace!

É certo que ainda me faltam ler os restantes livros nesta coleção para poder afirmar que o quarto livro da saga, seja o melhor da coleção Helen Grace. Mas é! E vou já explicar-vos o porquê!

Em primeiro lugar, tenho de confessar que apesar da minha adoração por esta trama, achei o início logo muito recheado de ação. E não me interpretem mal! Foi excelente. Mas não deixa de ser duvidoso como é que uma inspetora-detetive se envolve logo no que aparenta ser um – ou múltiplos incêndios – sem antes ter qualquer tipo de intuição ou eventos passados que justifiquem a narrativa da personagem.

A questão é que funciona, não fosse a Helen Grace o prodígio da série que M.J. tão bem desenvolve em cada livro. E é isso mesmo: desenvolve. Uma palavra que tão bem podia juntar às que escolhi para iniciar a publicação. Como sabem, não gosto de vos dar spoilers. Para mim, cada um deve ser capaz de formar a sua própria opinião independentemente de uma classificação. Por isto, vou focar-me no desenvolvimento que o autor deu na história e personagens.

Se há coisa que posso classificar na escrita deste autor inglês, é de como desenvolve as suas personagens. Como nos dá a possibilidade de, ao longo do livro, ter a perceção de diferentes atores da trama, para depois desenvolver cada um desses momentos, em algo fabuloso. É muita vez com a sua escolha, que o leitor se possa perguntar porque é que o autor decidiu dar-nos um determinado ponto de vista. Mas a resposta é simplesmente uma: a atenção que dá a tudo o que acontece na vida da inspetora e do crime. Com isto, ao invés do que fazem a maior parte dos autores, que escolhem precisamente o que querem revelar, Arlidge utiliza toda a sua capacidade narrativa e cativante, para causar ao leitor o amor, o ódio, a compreensão, a ação, a dúvida e, também, o engano.

DSC_0782Nos restantes livros fomos conhecendo as personagens. Compreendemos as suas dinâmicas e o papel que desempenham na história e aquilo que almejam – não fossem estas das personagens mais vivas que li. Estando já toda esta base cimentada, dei por mim a apreciar este livro de uma forma que não julgara possível. E porquê? Pelo engano que o autor, e editores, fazem aos leitores. Claro que não vos irei revelar como o fizeram, mas posso dizer-vos que estava já a meio do livro, e não tinha ideia nenhuma do que ia acontecer. Não fazia ideia de quem era o assassino, ou até mesmo tendo ideia, ele estava pronto para nos dar motivos para pensar que não o era.

Com confusões, um final surpreendente e recheado de ação policial, o choque vem sempre com o último capítulo. Algo a que já deveria estar habituado com este autor.

Em suma, não posso deixar de referir como esta história parece verdadeiramente, real. Verídica. Ao invés que nos anteriores volumes tínhamos eventos macabros, em “A Vingança Serve-se Quente” temos uma narrativa com uma análise psicológica à sociedade contemporânea sem igual. Quer pela narrativa principal, quer pelas que se interligam, que falam de problemas tão recorrentes – e graves – do nosso mundo.

Queria muito poder dizer-vos mais! Mas acreditem: se já leram “UM, DÓ, LI, TÁ”, “À MORTE NINGUÉM ESCAPA” e “A CASA DE BONECAS”, ficarão igualmente agarrados a esta história. Quanto à Helen Grace, espero por mais desenvolvimento seu no próximo volume e que se prepare… prevêem-se eventos peculiares…

Minha classificação: 5/5

Classificação média Goodreads: 4,12/5

Wook

 

5 thoughts on “Crítica “A Vingança Serve-se Quente” de M.J. Arlidge

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