Tanto falaram neste filme. Tanto dizem que ainda vai ganhar Óscares, que tive de ir ver. Assim, aproveitando a promoção dos filmes a 2,5€ que decorreu no passado outubro, lá fui eu enfrentar um Cinema City cheio para ver este musical.

Como sabem que amo o Mamma Mia, ver um musical não é um problema, em especial quando temos no elenco a fabulosa Lady Gaga e o Bradley Cooper. Assim, com expectativa no máximo, sentei-me na cadeira do cinema e apreciei, literalmente o espectáculo.

Como já sabem, começo sempre pelas personagens e como essas se casam com a história. Com isto, temos uma atuação deliciosa da Lady Gaga aliada a um Bradley a interpretar um papel para além do compressível. É bem verdade. E se pensei que seria a Lady Gaga a roubar a cena, ele surpreendeu-me, e imenso. Não só por toda a atuação não-verbal, assim como vocal. Foi fantástico! Algo a querer voltar a ver e, sobretudo, ouvir.

Já conhecia a Lady Gaga da sua atuação na série American Horror Story: Hotel. Na altura já me tinha surpreendido. Todavia, se acreditava que ela tinha dado o tudo nessa série, neste filme vemos sem dúvida como o seu lado artístico, musical, se casa com o de atriz. A química entre ela e o co-protagonista é memorável, de partir o coração, e se não fosse isso, verdade fosse dita, todo o filme não teria sentido já que gira em torno deste relacionamento.

As músicas são belas e interpretadas com uma paixão descomunal. Os arrepios são constantes na sala de cinema assim como a emoção com que ambos os artistas interpretam a música e, com isso, todo o mundo artístico. Afinal de contas é assim que nasce uma estrela. Com isto, aplaudo freneticamente a forma como foi retratado brilhantemente, o alcoolismo e toxicodependência. Algo que nos deixa a pensar em como para os artistas, quase que parece mais fácil cair neste mundo. Ainda mais quando se tem uma doença…

Emocionei-me com frequência, assim como toda a sala, não fosse o fungar o denunciar. Algo potenciado pela história apaixonante, honesta e sofrida. No entanto, dei por mim a pensar muitas vezes em como a história das personagens era semelhante ao do romance vivido pela cantora Celine Dion, que se apaixonou e casou com um produtor que quisera apostar nela. Ainda aliado a isto, está o facto de que, na minha opinião, o argumento ter dois furos enormes. Ainda por cima referentes a questões que tem e tiveram o poder de potenciar o avançar da narrativa para um ponto específico. No final do artigo revelo-os para os que já viram, mas estas situações levaram a que saísse da sala a pensar: foi um filme musicalmente emocionante assim como cada acorde de palavra dos atores. Quererei vê-lo quando der nas tardes da nossa televisão assim como à BSO, mas não acho que mereça um Óscar. O Bradley sem dúvida, assim como a banda sonora. De resto, nada mais!

Antes de terminar, o final apesar de me ter desiludido em parte, em termos de jornada da personagem e postura, demonstra que naquele momento nasce sim uma estrela. Um olhar pode dizer tudo, e em termos dessa linguagem corporal, o filme captou tudo na perfeição!

assim-nasce-uma-estrela

Spoilers!

Os furos:

  1. Em nenhum momento a personagem do Bradley conta à sua amada do agravar da sua doença.
  2. Não fez qualquer sentido a personagem da Lady Gaga ter omitido que tinha sido nomeada para os seus primeiros Emmy. Especialmente após uma montagem de cena que demonstrou que houve um espaçamento temporal entre o evento passado. Atendendo a que eles discutiram por causa desta situação, achei algo sem sentido. Algo que a personagem da Lady Gaga não faria com um amor tão forte ao seu marido.

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