São diversos os filmes que fui vendo nesta minha fase de jovem-adulto que me levou a escrever esta publicação. Em especial, por parecer que muitos adultos descuram por completo a importância da animação nas suas próprias vidas e associam esses filmes à idade infantil. Como qualquer destes filmes é fonte inspiracional, não poderia deixar de trazer esta reflexão para aqui. Vão notar que a maioria faz parte da Disney, mas sintam-se livres para nos comentários me deixarem as vossas sugestões. Mal posso esperar!

Wall-E

Este filme, lançado em 2008, tinha de ser o primeiro nesta lista. Em especial pela crise ambiental em que vivemos, que transcende e impacta a social. É dos meus filmes favoritos e nunca deixei de pensar naquele mundo poluído que deu lugar a uma sociedade desenvolvida ao ponto de sair da Terra e viver para o espaço. Como passam lá as suas vidas? Sempre deitados, a mexer em tablets. Lembrem-se, estamos em 2008 (filme que provavelmente começou a ser produzido anos antes), e facilmente retrata os dias de hoje. Sem dúvida que passa uma excelente mensagem e não custava nada ser obrigatório de assistir. A própria história de amor entre os robôs é futurista, levando o espetador a momentos de reflexão profunda que uma criança dificilmente conseguirá compreender.

Rei Leão e Bambi

Vergonha para mim, que nunca vi o Bambi (1942), mas tanto este como o Rei Leão (1994) abordam temáticas muito importantes e com grande impacto emocional como o lidar com a morte de um familiar. Uma criança nem sempre se poderá aperceber do elemento espaço-temporal, e não poderia deixar de referir estes dois filmes aqui.

Divertida-Mente

É talvez dos que mais merece aqui estar. A verdade é que muito dificilmente uma criança conseguirá compreender a completa dimensão deste filme. Numa sociedade onde o tema das emoções e papeis sociais pode ser difícil de compreender, o Divertida-Mente (2015) faz um trabalho notório em mostrar como as trajetórias de vida de um indivíduo são impactantes e influenciadas por elementos quer externos, como internos. A história passa por todas as nossas emoções e rapidamente se torna fácil compreender o porquê de os nossos jovens (e adultos) se comportarem de determinada forma. É outro dos filmes que considero obrigatório.

Toy Story 3

Confesso que me fui desleixando nesta saga. Provavelmente a que acompanhei desde criança, mas o que mais amo no Toy Story 3 (2010) é como retrata a nostalgia e tristeza – saudade -, num jovem em se desapegar da sua infância. A cena final parte-me o coração e é um motor que me leva a pensar seriamente em como o desapegar dos brinquedos, da decoração no nosso quarto, ou até de uma cidade, são indicadores – por vezes cruéis -, de como estamos a crescer.

Big Hero 6

Big Hero 6 (2014) parece que estreou ontem mas aborda temas tão importantes que rapidamente se torna intemporal. O que é certo é que fala, para além da perda, de como um rapaz lida com ela e de como as redes sociais primárias e secundárias são fundamentais para este apoio. As cenas são tocantes e tornou-se completamente merecedor do meu coração.

Zootrópolis

Zootrópolis (2016) foi sem dúvida o meu filme de há dois anos e aqueles cuja música-tema para sempre me irá acompanhar. Este filme fala não só dá importância de seguirmos os nossos sonhos, como do que é sair do nosso conforto, da nossa casa, cidade, para irmos para um local onde todos nos julgam e acreditam que não somos capazes. A confiança, a perícia e persistência são mensagens deste filme que uma criança muito dificilmente não conseguirá perceber por não pensar/saber que um dia terá também de percorrer, à sua maneira, esta viagem de auto-descoberta pessoal e profissional.

O que é certo é que sempre que me sinto em baixo a Shakira ecoa-me nos ouvidos com a mensagem universal de que tentar, é tudo! Não importa falhar.

Coco

Não sei como vos falar deste filme. Vi-o três vezes, e cada uma delas assume uma importância doida. A verdade é que Coco (2017) é um filme que junta tudo o que vos falei. Não só a história tem reviravoltas ao nível de um filme “para adultos”, como sentimentos de traição, ganância e fama que podem ser complicados para uma criança de desconstruir. Ainda fala abertamente da morte com base nas tradições mexicanas. Aliado a isto, está a própria memória e de como há doenças que conseguem tirar das nossas vidas pessoas queridas. O filme é muito comovente e a história é criada pela vontade de seguir os nossos sonhos, mesmo que isso vá contra tradições enraizadas da nossa família.

A Viagem de Arlo

Por último, falo-vos deste fantástico dinossauro (2015) que após perder o seu pai, se vê responsável por aprender por si próprio e lutar contra os seus próprios medos. Fala-nos de adaptação e de como a nossa educação é capaz de nos moldar. Também fala do poder da escolha, e de como mesmo havendo liberdade, existem condicionamentos. Uma história familiar forte e já pouco usual nos cinemas, levando-me a recomendá-lo para aqueles momentos em família.


Antes de terminar tenho de deixar a nota que tenho plena consciência que um filme por ser de animação não faz dele como sendo para crianças, e bons exemplos disso são os dois filmes d´Os Incríveis e do Homem-Aranha – No Universo Aranha. Acredito que o importante é sempre a história e não devemos ser tão duros connosco próprios por renegar as experiências que possam advir do (re)visionamento dos mesmos.

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