A “primeira” história online interativa estreou na passada semana e tem já dado bons números e leituras terminadas para algo que demorei meses a escrever. Seria ótimo se conseguisse replicar este tempo de leitura na atividade escrita, mas bem sabemos que não funciona assim. Mas isto levou-me a lembrar como nunca vos falei como deve de ser da versão musical e do que queria para ela…
Quando tive a ideia e anunciei Trajetórias em dezembro passado, falei-vos que teria uma versão musical. A versão seria introduzida alguns meses mais tarde, dando-me tempo para saborear o descanso e depois trabalhar nela. Acontece que ao antecipar a escrita da história, assim como do reforço dos meus trabalhos na tese, o tempo acabou por se revelar só amigo, cortando aquele laço de melhor amigo que tivera com ele desde o início do ano. Isto levou-me a pensar nesta questão com muita seriedade para dar-me conta de que não iria conseguir entregar esta versão da forma como eu queria. Tal acontece por cada escolha da história ser composta por uma ligação. Uma vez que a grande maioria das interações levam a duas, teriam de ser criadas, pelo menos, mais dez novas páginas. Todas elas diferentes e com a capacidade de interagir sem falhas. Se isto fosse feito em toda a história, ou seja, nativamente, seria fácil. Mas como nem todos os leitores poderiam achar piada a esta “versão musical”, acabei por não lhe dar seguimento em prol da história e personagens.
Todavia, uma vez que a música me ajudou imenso na construção das personagens, acabei por mostrar no blog da história como seria. Estão curiosos? A página apresenta as músicas que seria integradas na narrativa, por quem e como seriam cantadas, assim como de eventuais alterações na letra. Claro que isto obrigou a dar spoilers referentes à história, pelo que visitem a página por vosso risco.