Se me perguntassem há uma semana se gostava dos Coldplay, a minha resposta seria muito fácil: não. Não vos conseguiria dar também uma razão propriamente cósmica, mas, passada uma semana, é como me sinto: no cosmos após um dos melhores concertos que vi!

Esta aventura

Consigo identificar-me com as pessoas que amam Coldplay e não conseguiram bilhetes, reconhecendo assim a minha sorte. Mas esta aventura começou mesmo assim: a ver toda a gente a falar disso para, horas depois, o namorado da minha prima conseguir bilhetes. Assim, sem nada mais nada menos, ia a um concerto para, não só passar pelo mesmo com o meu pai, como divertir-me naquela que é conhecida como uma festa gigantesca. Uma mesmo, mesmo grande: num estádio. E, meu deus, que festa!

Tendo já visto diversos artistas que amo de paixão e conheço tudo, como Rihanna, Madonna e Imagine Dragons, quando os Coldplay subiram ao palco e começaram logo com lançamento de confetes e fogo de artifício, percebi: isto é completamente diferente do que vi. E, agora, dias depois, compreendo realmente o que aconteceu.

O sentimento de comunidade

Enquanto cantava as músicas que, honestamente, desconhecia conhecer, notei que o grande sentido destes concertos, e destas bandas em particulares, é o sentimento que provocam e como olham o público. Enquanto assistia ao concerto só conseguia pensar na forma como o vocalista fazia do público parte do espetáculo, não só na envolvência do cantar, mas pela interação que fez. Uma que passou muito por falar português em diversos momentos do espetáculo, e não meras palavras, assim como a tocar com artistas portugueses.

Isto faz-me pensar se, até eu não conhecia muito do trabalho da banda e passei a venerar, que mais impacto tem este espetáculo de luzes e cores noutras pessoas? Leva a que se consiga perceber toda a loucura e, sobretudo, a forma como os preços dos bilhetes pelo mundo fora apoiam causas humanas, como a conservação do planeta e de espécies. Isto é, não só consciencializar para o estado atual da nossa linda esfera azul, como de devolver mais ao público. O mesmo na forma como as pessoas são convidadas a dar energia aos concertos. Na verdade, segundo o Chris, o concerto de sábado ou domingo (ele estava confuso neste dado), foi o primeiro inteiramente alimentado por baterias carregadas pelas formas e fontes renováveis. Isto é impressionante!

Sensação de transcendência

Esta envolvência, muito potenciada pela pulseira de LEDs que é distribuída antes do concerto, levou-me a sentir tão integrado nesta festa musical, que a vontade em experimentar mais coisas assim e da banda é elevada ao máximo. Em especial pela forma como acarinhou artistas como a Bárbara Bandeira e a Carminho. Infelizmente, este ponto foi o que mais triste me deixou, já que os portugueses, na sua maioria, pouco queria apoiar a Bárbara (e que deu um show fabuloso).

Vocês tiveram a oportunidade de ir ver? Gostavam?

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