Em junho revelei-vos que não queria propriamente fazer do meu blog um local de críticas de filmes. Todavia, sabendo que vos falei, no mesmo artigo, que estava ansioso por este filme, senti-me na obrigação de fechar este ciclo.
A primeira vez que vos falei deste filme foi na publicação supra-mencionada – sobre o filme Hereditário. Nela também vos revelei que não gosto de escrever críticas com spoilers, por isso, cá fica aquilo que achei deste terror que já conquistou o mundo!
Foi na semana passada que estreou em Portugal o filme que deu origem a todo o universo de filmes do universo de “The Conjuring” – A Evocação. Com isto, após o primeiro filme em 2013, mais quatro foram anexados a este universo. Falo assim, e por ordem de eventos: A Freira (2018), Annabelle 2: A Criação do Mal (2017), Annabelle (2014), The Conjuring – A Evocação (2013) e por fim, The Conjuring 2 – A Evocação (2016).
Se a atriz Vera Farmiga deu início a todo este universo – com The Conjuring-, na Freira, destacam-se Demián Bichir e Taissa Farmiga (a irmã mais nova de Vera Farmiga). Por isto, toda a premissa é já bastante interessante. É algo divertido como estas duas irmãs se meterem neste género cinematográfico que rende milhares à Warner Bros. Dito isto, é esperado que num filme como estes, e sendo ele o que desencadeou todas as outras histórias, existam pontos que ganhem destaque e que vão responder a pontas soltas deixadas pelos primeiros filmes – ou posteriores, como preferirem.
Já vos contei como me assusto facilmente. E por mais que consuma toneladas de minutos de vídeos de bastidores de filmes, por mais previsível que seja esperado acontecer algo de assustador naquele momento em que a música ou o ângulo da câmara está numa certa posição: eu assusto-me. É certo, simples e sabido. Talvez por isto mesmo, por esta causa, existam tantas críticas negativas a este filme. E porquê? Porque o filme promete ser “o mais tenebroso do universo” do mesmo. Ora, mas será que lá por o filme não assustar todos como deveria de ser – por ter estes momentos previsíveis, ou conhecidos do realizador -, será que deixa de ser menos tenebroso?
Em Portugal o filme entrou diretamente no TOP10, faturando o equivalente a 637.233,71 €! Com isto acredito que existam mais espetadores que pensem como eu. Que por mais que assustadoramente-previsível possa ser, é tenebroso. E é por esta mesma classificação, que tanto quero voltar a vê-lo.
A banda sonora, desde já, é soberba. Com um coro nas suas melodias arrepiantes capazes de fazer cantar os mortos, a história é na verdade bastante complexa e intrincada. O demónio protagonista pedia isso, e os filmes passados, também. Quase que se pode comparar ao universo cinematográfico da MARVEL, em que encontramos múltiplas referências a filmes passados e que consolidaram esta saga.
O que mais me fez amar o filme, e envolver nele, é como me conseguiu manter sempre com o mesmo estado de espírito ao longo do mesmo. Nem o seu tom mais cómico – fruto de uma personagem -, me tirava daquilo que tinha diante do enorme ecrã IMAX. A história, em si, é arrepiante. Macabra. Fácil de imaginar e de nos entranhar, não fosse o filme gravado na mítica Roménia. Com isto, senti-me arrepiado em toda a sua duração, incrédulo por algo tão sinistro, assombroso!! Noto, todavia, um momento da história que achei para além do rabuscado, mas admito que “comi”. Que o aceitei, especialmente conhecendo o catolicismo pela própria História de Portugal.
Não obstante esta atmosfera, exista ainda a atuação fabulosa da Taissa (American Horror Story). De fácil envolvência e com atuação digna de rivalizar com as atrizes de topo, foi fácil vender a imagem de freira fragilizada e absorta sobre o que presenciava. Infelizmente, e muito por culpa do guião em algumas falas – nomeadamente no início do filme – não fiquei muito fã do co-protagonista: Demián Bichir , que interpreta o papel de Padre Burke. No entanto, quem surpreende pela atuação e outras coisas… que são SPOILER, é Jonas Bloquet. Aquela personagem que tem algumas tiradas cómicas, e muito bem escritas por sinal, que vos mencionei.
Apresentada a lista de ingredientes, história, música, personagens e atuação, as ligações aos filmes passados fez-se de forma bela, aterradora. É verdade! Li muitas críticas que referiram que o filme deixa mais perguntas que resposta. Mas… meus caros críticos, vocês não devem ter visto o mesmo filme que eu… É que ele explica tudo, tudinho. E é por explicar tudo, que o acho ainda mais macabro. Por chegarmos ao final do filme, a perceber finalmente o seu começo. Não é muito vulgar termos filmes a fazer isto. Não quando se tem nos ombros o peso de criar uma trama que não só crie um filme possível de ter sequela, como que dê respostas aos outros. Mas é assim… Se pensam que saem da sala sem nenhuma pergunta, não se enganem. Existe uma… Uma que espero que tenhamos a oportunidade de desvendar. Se não for no terceiro filme da Evocação do Mal (rumores apontam para o início das gravações em 2019, para uma estreia em 2020), que seja numa sequela da Freira. Porque sim!, a Freira foi maldita, tenebrosa, e, posso dizer, um verdadeiro demónio!
Tenho, todavia, de fazer uma ressalva. Adoro efeitos especiais. Imenso, mas neste filme, e atendendo a uma cena em particular, tenha de revelar que esperava um outro detalhe que pudesse tornar toda a cena, mais centrada no universo em questão. Mas esta é a minha opinião, e mal posso esperar para ouvir as vossas!
7,8/10
Quando leio que um filme será baseado em fatos reais, automaticamente chama a minha atenção, adoro ver como os adaptam para a tela grande. Particularmente adorei Nunca Diga Seu Nome filme e aqui: https://br.hbomax.tv/movie/TTL610298/Nunca-Diga-Seu-Nome podem ver mais detalhes. A história é impactante, sempre falei que a realidade supera a ficção. Eu definitivamente recomendo. Me manteve tensa todo o momento, se ainda não a viram.
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É sempre fascinante termos filmes com histórias baseadas em factos verídicos. Obrigado pelo comentário e sugestão!
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