O Caderno do Diogo – Como lidar com as críticas – Parte II
Uma vez que esta publicação vem no seguimento deste “índice”, e tendo em conta que na Parte I abordei as críticas que antecedem o envio de um livro a uma editora, esta vai focar-se no depois. Em como se lida com as críticas após a publicação!
Muito do que vos conto advém da Parte I e do que foi lidar com as críticas dos nossos leitores-beta. Desta forma, vamos começar por respirar fundo e mergulhar no outro lado da publicação:
1. O que querem dizer?
Muitas das vezes temos somente uma classificação ao livro por meio de estrelas ou pontuação, sem qualquer explicação. Isto é agonizante, e pode fazer-nos sofrer por não sabermos o porquê da classificação. Mas existem outras em que temos críticas. Quer sejam longas ou compridas, negativas ou positivas, temos de perceber o que querem dizer. Ler várias vezes. Perceber o significado.
2. Não levar a peito
Esta é das mais difíceis, porque pensamos que nos estão a atacar a nós e não o livro. Ou, muitas das vezes, confundimo-nos o com o livro. É assim importante saber distanciar e olhar como um trabalho. É uma crítica negativa construtiva? Ótimo, vamos ver se se aplica e de que forma tem a sua razão.
É importante lembra que cada pessoa tem os seus gostos e opiniões e são tão válidas quanto as nossas.
3. Distingue as críticas
Temos críticas positivas e negativas. É certo e sabido. Mas também temos as positivas construtivas e negativas fundamentadas. É nestas que temos de nos focar e, quem sabe, até falar diretamente com os leitores sobre isto. É uma boa forma de termos diferentes pontos de vista. Quem sabe nos abram portas ou até desbloqueiem caminhos em futuras publicações.
4. Relaxa
Tenta ver sempre o lado positivo. Não te percas em questões como: “afinal não sei escrever”, “não sou autor”, “o livro não vale nada”, “o momento não era agora”, e o clássico: “nunca mais vou voltar a escrever”. Cada crítica é uma forma de crescimento!
5. O sucesso e futuro
Estou a focar-me nas críticas negativas, desculpem. Mas daí este ponto: mesmo com as críticas positivas temos oportunidade de aprender. De perceber o vosso estilo, como são percepcionados e até pistas de como podem fundamentar ainda mais o vosso estilo narrativo. E isto é das coisas mais difíceis. Com uma crítica negativa fundamentada é fácil lidar. Mas e com as positivas? Elas têm o poder de nos saber guiar, temos é de saber olhar e avaliá-las.
Espero que estes cinco pontos vos ajudem no momento após a publicação, que pode ser tão bom, como desesperante. Na ânsia de sabermos o que os leitores acharam. No medo também de enviar os livros para blogs literários ou somente confrontar um membro da família após ter lido o que te vai na cabeça quando estás na lua. Acima de tudo, diverte-te. Respeita o teu trabalho e aquilo que escreveste naquele momento. Com aquela idade, aquela ideia, experiência e vivência. Isso é, talvez, a lição mais importante que posso “dar” – eu, que aprendo diariamente.
Sobre as críticas negativas, incidem muitas vezes na revisão, pelo menos no meu caso, e chateia-me quando isso acontece por mau trabalho da editora. E isso frustra um pouco porque nos dedicamos tanto a algo e depois surgem críticas negativas. Porém há que reter que não agradamos a todos daí que críticas negativas sejam normais.
Beijinhos!
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Sim. Ter críticas negativas e ser sobre algo pelo qual não temos completamente controlo, por haver edição, é terrível.
Mas não importa esquecer quando temos críticas a nível de história, personagens e enredo. Nem sempre é fácil lidar com isso.
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Sim, também já recebi dessas. Uma blogguer que não apreciou a minha forma de escrita.
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E é muito importante saber lidar com essas opiniões. Porque lá está, muitas é só críticas, outras as pessoas procuram fundamentar para ajudar ou dar fundamento. E cabe também ao leitor saber ouvir essas críticas e como aceitar e o que fazer com isso.
Beijinhos 😘
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